Reunião de presidentes e setores progressistas denunciam casos de violência e intolerância no Brasil, à margem da assembleia da ONU.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está planejando uma ação internacional para combater a ascensão da extrema-direita em diversos países. Lula pretende promover um encontro com líderes presidentes democratas durante a Assembleia Geral da ONU, marcada para setembro em Nova York, como forma de articular estratégias de enfrentamento.
Essa iniciativa de Lula surge em meio à preocupação global com o avanço de movimentos de extrema direita e o aumento da xenofobia e do racismo. É crucial unir forças para conter essas tendências extremistas e promover a inclusão e o respeito à diversidade. A união entre líderes democráticos é fundamental para combater tais ideologias nocivas com firmeza e convicção.
O avanço da extrema-direita e a preocupação com a intolerância no Brasil
Nesta terça-feira (23), durante café da manhã no Palácio do Planalto, o ex-presidente Lula ressaltou a importância de os setores de esquerda, setores progressistas e setores democráticos se organizarem e se prepararem diante do atual cenário político. Ele expressou preocupação com casos de violência e intolerância no Brasil, caracterizando o crescimento de um ódio que antes não era tão evidente.
Lula mencionou a ascensão de movimentos de extrema-direita, mencionando o aumento da xenofobia, racismo e perseguição a minorias como características desse fenômeno. Ele comparou a realidade brasileira com a de países europeus e os Estados Unidos, este último recentemente marcado pela invasão violenta ao Capitólio por apoiadores de Donald Trump em uma tentativa de reverter os resultados eleitorais.
A importância da defesa das instituições democráticas
Para o ex-presidente, a preservação e o fortalecimento das instituições democráticas são fundamentais para a manutenção da ordem e do respeito às regras do jogo político. Ele destacou a necessidade de combater a negação das instituições para evitar que a democracia seja minada por ações extremistas e antidemocráticas.
Lula enfatizou que, apesar de eventuais falhas, as instituições democráticas devem ser protegidas e fortalecidas. Ele ressaltou a importância de aprender com os erros do passado para garantir um futuro onde a democracia e o respeito às diferenças sejam valores inegociáveis.
O ressurgimento da extrema-direita na América do Sul e suas implicações
O ex-presidente também abordou o cenário político da América do Sul, destacando um retrocesso na região com governos alinhados à extrema-direita. Ele apontou para um aumento da xenofobia, racismo e perseguição a minorias como consequências desse movimento, que tem impactos significativos na sociedade.
Lula ressaltou a importância de debater e enfrentar esses movimentos de extrema-direita, aproveitando as relações diplomáticas favoráveis do Brasil para promover discussões políticas profundas sobre o assunto. Ele mencionou que, apesar de ser considerado persona non grata pela extrema-direita global, há uma grande expectativa em relação ao papel do Brasil na defesa da democracia e dos direitos humanos.
Fonte: @ Agencia Brasil
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