FAA investiga incidente na porta da aeronave e limita produção para garantir a segurança contra questões sistêmicas.
O secretário de Transportes dos Estados Unidos, Pete Buttigieg, mencionou em uma declaração recente que a gigante da aviação Boeing precisa seguir as diretrizes do governo para abordar preocupações estruturais relacionadas ao controle de qualidade em suas aeronaves. A Boeing tem um prazo de 90 dias estabelecido pela Agência Federal de Aviação (FAA) para abordar essas questões e, de acordo com Buttigieg, encontra-se no ponto intermediário desse período.
Buttigieg enfatizou a importância da Boeing como renomado fabricante de aviões e destacou o compromisso necessário da empresa em garantir a segurança e qualidade de suas aeronaves para os passageiros. A precisão e eficiência dos processos de produção da Boeing são fundamentais para a retomada adequada da produção do 737 MAX, respeitando os padrões e regulamentos da indústria aeronáutica.
Boeing enfrenta desafios com 1ª queda de receita em 7 trimestres
A Boeing, renomada fabricante de aviões, está lidando com uma situação complexa após registrar sua primeira queda de receita em sete trimestres. Isso se deve à crise enfrentada pela empresa, que resultou em uma redução significativa nas entregas de aeronaves. A tensão atingiu seu ápice quando a FAA (Administração Federal de Aviação) tomou uma medida sem precedentes para conter a produção do 737 MAX, modelo emblemático da Boeing.
Em um evento realizado no Aeroporto Nacional Reagan, próximo a Washington, um executivo da Boeing enfatizou que a empresa não aumentará a produção até comprovar à FAA sua capacidade de fazê-lo com segurança. Essa decisão veio após uma emergência envolvendo um 737 MAX 9 da Alaska Airlines, o que desencadeou uma investigação criminal pelo Departamento de Justiça.
A FAA permitiu à Boeing produzir até 38 aeronaves do modelo 737 por mês, porém a produção real atual está aquém desse número. Reportagens recentes indicam que a taxa de produção mensal da Boeing diminuiu para cifras de um dígito. Diante desse cenário, o presidente-executivo da Boeing, Dave Calhoun, revelou que a FAA exige um plano de controle sistemático em um prazo de 90 dias para monitorar a produção futura da empresa.
Esse mandato governamental busca resolver questões sistêmicas de controle e garantir que o sistema de produção da Boeing esteja devidamente regulado. O diretor da FAA, Mike Whitaker, ressaltou que o progresso da Boeing em termos de cultura de segurança e qualidade determinará o momento para um possível aumento na taxa de produção do 737 MAX.
O impacto desse cenário já é perceptível nas companhias aéreas dos EUA, como a Southwest Airlines, que enfrentam a redução no número de aeronaves entregues pela Boeing neste ano. O secretário dos Transportes, Pete Buttigieg, reconheceu os desafios enfrentados pelas companhias aéreas, destacando a prioridade da FAA em questões de segurança sobre considerações econômicas relacionadas ao 737 MAX. A Boeing enfrenta um período crucial em que a segurança e a qualidade de suas operações estão sob intenso escrutínio.
Fonte: © CNN Brasil
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