Bioma com grande rebanho de gado, foco ambientalistas. Grandes frigoríficos Brasil, Associação Exportadores, JBS busca sustentabilidade nos últimos 4 anos.
Recentemente, houve um avanço significativo no setor agropecuário com a implementação de um novo protocolo para compra de gado. Essa iniciativa, que visa promover a sustentabilidade e a preservação ambiental, foi amplamente adotada pelas principais empresas do ramo. A adesão voluntária a esse protocolo para compra de gado no Cerrado demonstra o compromisso do setor em promover práticas responsáveis.
A implementação desse protocolo gado Cerrado é um passo importante para garantir a rastreabilidade e a origem sustentável dos produtos da pecuária. Além disso, a promoção de uma cadeia de suprimentos consciente e transparente traz benefícios não apenas para o meio ambiente, mas também para os consumidores que valorizam a procedência dos alimentos que consomem. É crucial que mais empresas do setor adotem medidas semelhantes para garantir a proteção do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável a longo prazo.
Protocolo para compra de gado: Compromisso com a sustentabilidade e transparência
Nos últimos quatro anos, Imaflora, Proforest e NWF uniram esforços para desenvolver um protocolo abrangente que visa promover práticas sustentáveis na compra de gado. Grandes frigoríficos do Brasil, como JBS, Minerva e Marfrig, já aderiram a esse protocolo, demonstrando um comprometimento com a sustentabilidade e transparência em suas operações.
A Associação Brasileira dos Exportadores de Carne (ABIEC) estabeleceu como meta que todos os seus associados adotem esses padrões de monitoramento em todo o Brasil dentro de dois anos, refletindo a importância da implementação desse protocolo em toda a cadeia produtiva. O monitoramento voluntário de fornecedores de gado se torna essencial para garantir a conformidade socioambiental e promover a responsabilidade na produção pecuária.
O foco no Cerrado como alvo de atenção ambiental é evidente, especialmente considerando que o Bioma abriga uma parcela significativa do gado nacional. Com 30% das fazendas fornecedoras e quase metade dos bovinos processados pela JBS provenientes do Cerrado, a importância desse protocolo na região se torna ainda mais evidente.
A diretora de sustentabilidade da JBS, Liège Correia, ressalta a necessidade de unificação e aplicação de protocolos em diferentes biomas, enfatizando o papel fundamental dessas diretrizes para garantir a sustentabilidade ambiental. A Marfrig, por sua vez, já adota medidas rigorosas de rastreamento em seus fornecedores diretos e indiretos no Cerrado, mostrando um comprometimento com a transparência em sua cadeia de suprimentos.
O Protocolo de Monitoramento Voluntário de Fornecedores de Gado estabelece critérios claros e um padrão de conformidade socioambiental para os criadores, servindo como guia para uma produção e compra responsável de gado. Esses critérios, inspirados na experiência bem-sucedida do protocolo da Amazônia, buscam garantir a origem sustentável dos animais e inibir práticas irregulares na cadeia de suprimentos.
A análise detalhada das propriedades, incluindo possíveis sobreposições com terras indígenas e áreas de conservação, assim como a verificação de questões como trabalho escravo e embargos ambientais, demonstra o compromisso em garantir a integridade da cadeia de suprimentos. O uso de ferramentas como o Cadastro Ambiental Rural e a análise de GTA reforçam a importância da transparência e responsabilidade na compra de gado.
O protocolo do Cerrado, baseado na expertise do Boi na Linha na Amazônia, é um passo significativo em direção à sustentabilidade no setor pecuário. A experiência acumulada ao longo dos anos nessa iniciativa pioneira tem sido fundamental para expandir esses princípios para outras regiões, fortalecendo a prática da pecuária sustentável e contribuindo para enfrentar desafios ambientais globais.
Fonte: @ Info Money
Comentários sobre este artigo