Ações da Usiminas sofrem impactos da importação de aço e concorrência chinesa, CEO reage no mercado e resultados acumulam valorização.
Fiando-se na trajetória enraizada em seus documentos financeiros mais recentes, a Usiminas novamente desapontou os acionistas com a apresentação de seus resultados correspondentes ao segundo trimestre de 2025, publicados hoje de manhã, dia 22 de julho, antes da abertura do mercado. No entanto, desta vez, a resposta pessimista dos investidores foi ainda mais enérgica.
Em meio às controvérsias que envolvem a empresa de siderurgia, o CEO Marcelo Chara anunciou planos para impulsionar a confiança dos investidores, como o lançamento de ações preferenciais com promessas de maior rentabilidade a longo prazo. Essa estratégia tem como objetivo recuperar a confiança do mercado e trazer estabilidade aos negócios da Usiminas nos próximos trimestres.
Usiminas: Ações Preferenciais e Resultados em Destaque
As ações preferenciais da Usiminas iniciaram o pregão em queda de mais de 2%, liderando as perdas na B3. Ao longo da manhã, o cenário não se mostrou favorável, com os papéis despencando 11,26% por volta de 12h30, sendo negociados a R$ 9,38. Isso resultou em uma capitalização de mercado de R$ 11,1 bilhões para a empresa de siderurgia brasileira. No acumulado do ano, as ações apresentaram uma valorização de 2,7%.
O CEO da Usiminas, Marcelo Chara, destacou que o ano de 2024 começou desafiador, com pressão das importações e condições desleais de competição. Os impactos da importação de aço, principalmente da China, foram ressaltados pelo executivo em reunião com analistas para discutir os resultados. A empresa tem enfrentado uma concorrência acirrada devido a essas práticas desleais, o que tem gerado preocupação no setor.
A reação do mercado foi fortemente influenciada pelas projeções de estabilidade nos volumes e preços do aço para o próximo trimestre. Essa sinalização para o segundo trimestre de 2024 gerou preocupações entre os investidores, que esperavam uma recuperação mais robusta. O desempenho aquém do esperado no primeiro trimestre, com volumes de vendas de aço abaixo das expectativas, também afetou a percepção do mercado em relação à Usiminas.
O Itaú BBA, com recomendação outperform e preço-alvo de R$ 12 para a ação, apontou as projeções de estabilidade como uma possível decepção para os investidores. Além disso, a XP, que manteve a recomendação neutra, destacou os resultados abaixo das expectativas no trimestre e adotou um viés menos favorável para a empresa. A perspectiva cautelosa para o segundo trimestre, com indicativos de volumes e preços do aço estáveis, foi um dos pontos de preocupação levantados pelos analistas.
Diante desse cenário, com o mercado atento às projeções e desempenho da Usiminas, a empresa enfrenta desafios e pressões vindas do ambiente competitivo e das condições de importação do aço. A busca por soluções e estratégias para superar esses obstáculos se torna essencial para a empresa se manter competitiva e fortalecer sua posição no mercado siderúrgico.
Fonte: @ NEO FEED
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