Fotógrafa internada em surto por uso prolongado de lorazepam enfrenta impactos do medicamento, como síndromes psicóticas e riscos de dependência.
Momentos complicados podem levar as pessoas a procurarem medidas drásticas para aliviar desconfortos, como no caso da fotógrafa inglesa Emma Saunders, que enfrentou descontrole motor e irritabilidade intensa após fazer uso indevido de lorazepam. Emma buscava alívio para um zumbido persistente no ouvido, sintoma que a incomodava desde o início da pandemia, porém, sem o devido conhecimento dos possíveis efeitos colaterais do medicamento.
O lorazepam é conhecido por sua ação tranquilizante, mas seu uso requer cuidados e orientação profissional para evitar complicações indesejadas. É fundamental que as pessoas estejam cientes dos riscos potenciais e não subestimem a necessidade de um acompanhamento adequado ao utilizar medicamentos como esse.
Os riscos de dependência do lorazepam
Emma, uma paciente que relatou sua experiência com o lorazepam, destacou várias questões essenciais sobre o uso desse tranquilizante para alívio de sintomas de ansiedade. Mesmo sem um exame detalhado, os médicos prescreveram o lorazepam a ela para tratar o zumbido, supondo ser causado pelo estresse. No entanto, o uso prolongado desse medicamento é desencorajado devido aos riscos de dependência e síndromes psicóticas, como descrito na bula do medicamento.
O uso prolongado do lorazepam
Segundo as instruções dos fabricantes, o tratamento com lorazepam não deve exceder 4 semanas. No entanto, Emma utilizou o medicamento por seis meses, o que resultou em efeitos colaterais adversos após cerca de um mês. Ela experimentou dificuldades para dormir, aumento da frequência de pesadelos e um estado de terror que interferia em sua rotina diária. Apesar de relatar esses sintomas ao médico, foi instruída a continuar o tratamento com lorazepam.
Reações adversas ao lorazepam
O caso de Emma tomou um rumo ainda mais preocupante quando, após dois meses de tratamento com lorazepam, foi prescrita uma combinação com citalopram, levando a um surto psicótico. Ela descreveu sentimentos de desespero, choro, tremores e movimentos repetitivos incontroláveis. Essa experiência angustiante a levou a interromper o citalopram, mas a transição para interromper o lorazepam também foi desafiadora, resultando em reações nervosas intensas.
Desafios do desmame do lorazepam
Emma enfrentou dificuldades significativas durante o desmame do lorazepam, incluindo visão turva, sensação de despersonalização e reações nervosas graves. Sua resistência a tomar novos medicamentos complicou seu tratamento, levando-a a internações e episódios alucinatórios. Somente o reintrodução do lorazepam, seguido por um desmame cuidadoso sob a supervisão de um psiquiatra, permitiu a Emma superar os sintomas e começar a se recuperar.
Repercussões do tratamento com lorazepam a longo prazo
Mesmo após a superação dos desafios iniciais, Emma ainda enfrenta episódios de zumbido, que inicialmente a levaram a buscar tratamento. Um especialista identificou problemas na tuba auditiva, possivelmente relacionados a uma infecção por Covid. Sua jornada destaca os perigos do uso prolongado e inadequado de lorazepam, enfatizando a importância de um acompanhamento médico adequado e um desmame cuidadoso quando necessário.
Fonte: @ Metropoles
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